HomenageadAs - VI Felizs

Dora Nascimento

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Para nós da equipe da FELIZS, o falecimento de nossa companheira é uma perda incalculável. Enraizada nos movimentos culturais da região do Campo Limpo e Taboão da Serra, a atriz Dora Nascimento faleceu no dia 22 de agosto de 2020, em decorrência de um câncer no pâncreas.

Na FELIZS, Dora fazia um papel muito importante: juntava todas as informações em suas longas planilhas, sabia tudo, datas, valores, nomes, contatos, ela era a dona do tesouro chamada FELIZS.

Dora era uma pessoa amiga, parceira, compreensiva que buscava na amizade suas forças para viver, alguém preocupada sempre com as causas e pessoas ao seu redor.

Dora deixar nossos corações repletos de gratidão para tudo o que realizou nesta vida. Somos gratas e Viva Maria das Dores Nascimento!

Ute Craemer

Tradutora de formação, a alemã Ute Craemer também é professora com ênfase na pedagogia Waldorf e mora em São Paulo desde 1970. Estabeleceu vínculo com o território do Jardim Monte Azul, zona sul de São Paulo, e fundou a Associação Monte Azul, na qual se dedica desde 1975. Também fundou a Aliança pela Infância e é cofundadora do Grupo Pindora. Além disso, é autora de diversos livros de contos e relacionados a assuntos pedagógicos e sociais. Sua atuação lhe rendeu oportunidades de participações em palestras e seminários na América Latina, Europa e Japão.

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presenças confirmadas

Aline Binns é poeta e artista plástica, traduz sua busca de vida e espiritualidade em seu trabalho autoral. Trabalha com publicações independentes desde 2005, criou ilustrações para livros de poetas como Analu Cristina, Giovani Baffo, e para a antropologia e escritora Deborah Goldenberg  Com a poesia e o canto fez parte de alguns projetos musicais e atualmente participa da banda Loqüazz, que mistura Jazz e poesia, junto aos poetas Giovani Baffo e Thiago Calle.

Antônia Gomes Minchoni - eu sou antônia, tenho 5 anos e eu amo ser confeiteira. o que eu sou eu sei, mas eu não vou contar. antônia e ana, são gêmeas, nasceram em 2015. e já não existe mais espaço pra guardar o quanto produziram nesses 5 anos. artistas.

Ana Gomes Minhchoni - eu sou a ana, tenho 5 anos, gosto de pizza e gosto de fazer muita pizza de casa. amo comer uva e morango. antônia e ana, são gêmeas, nasceram em 2015. e já não existe mais espaço pra guardar o quanto produziram nesses 5 anos. artistas.

Augusto Cerqueira - morador da região do m´boi mirim. educador popular, poeta e livreiro, atua dentre  coletivos literários e eventos culturais da zona sul.

Bicicloteca - circula as ruas do campo Limpo distribuindo livros aos moradores. Patricia Gonçalves aborta os leitores e oferece opções de leitura para novos e velhos leitores.

Binho - poeta, autor do livro “ Postesia” e co-autor do livro “ Donde Miras- dois poetas e um caminho”. É o idealizador do Sarau do Binho que acontece há 16 anos na zona sul de São Paulo e também da “ Expedicion Donde Miras” (caminhada cultural pela América Latina) , da “ Bicicloteca” (biblioteca em bicicletas), do Projeto “Postesia” ( Poesia nos postes), do projeto “ Livro no ponto” e da Felizs - Feira Literária da Zona Sul.

Caco Pontes - poeta e multi-artista. Autor de 4 livros, publicou em diversas antologias, coletâneas e revistas. Integrou o coletivo Poesia Maloqueirista por mais de uma década. Participou de festivais no Brasil e no exterior (Argentina, Chile e México). Já se apresentou ao lado de Ava, BNegão, Karina Buhr, Siba, Juçara Marçal, Edgar, KL Jay, Elisa Lucinda e Lirinha. Produziu e lançou discos dos projetos literomusicais Baião de Spokens e Stereotupi. Idealizador do Verso Móvel Sound System. Criou performance-show para a Mostra Errática, programação que integrou a exposição "Tom Zé 80 Anos", na Caixa Cultural SP. Concebeu e dirigiu o espetáculo “diaspOralidade”, reunindo artistas de Angola, Congo, Cuba e Síria (Museu do Ipiranga). Realizou o laboratório de criação Palavra Tot@l, na residência Labsonica Oi Futuro/RJ. Tem composiçōes em parceria com Alice Ruiz, Gustavo Galo, Jonathan Silva e Projetonave.

Camila Brasil - compositora e cantora. Acompanhada de seu violão em uma apresentação intimista, nos envolve na atmosfera de suas letras e seus arranjos, demonstrando de maneira intensa sua inquietação criadora. Movimento é a palavra que rege as composições que permeiam as distintas geografias revelada nos afetos e experiências que a música proporciona.

Carolina Teixeira (ITZÁ) - grafiteira, artista visual e educadora. Atua há 15 anos ilustrando e pintando no mundão e a última exposição foi ENCRUZA, no Espaço Clariô. Integra os coletivos Periferia Segue Sangrando, 8M na Quebrada e Fala Guerreira! Realiza rodas e ações de intervenção urbana coletivas com mulheres e dissidentes de gênero, discutindo pertencimento, território, corpo, pautada no desenvolvimento de uma pedagogia feminina através da residência artística autônoma “Útero Urbe”. Bacharel em Ciências Sociais pela USP e Mestre em Artes Visuais pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES).

Cleydson Catarina - figurinista, bonequeiro, diretor e ator.

Dandara Pilar Ferreira - aluna da Escola Municipal de Bailado de Taboão da Serra, formanda em Ballet Clássico e Jazz Lirical. De acordo com sua experiência, é professora de expressão corporal para crianças de 4 a 7 anos de idade; estudante de teatro e atriz, também trabalha com literatura com os coletivos Sarau do Binho e Raizarte, onde divulga o trabalho literário de sua mãe Tula Pilar ( já falecida ), junto de sua família. Também trabalha com introdução a estética e moda afro. Além de suas formações, Dandara é cantora interprete; brincante da cultura popular e ativista cultural.

Daniel Minchoni - um artista da fala. poeta performático estuda a oralidade, tem larga experiência com experimentos poéticos e intervenções urbanas com poesia, desde 1998 em natal pesquisa este campo em saraus da cidade onde fundou o poesia esporte clube em 2001, o selo literário jovens escribas com amigos em 2004 e influenciou a criação do grupo iapois poesia, composto por jovens de 12 à 20 anos. em sampaulo desde 2006, fundou o sarau do burro, o selo doburro, o cabaret revoltaire, o menor slam do mundo e o rachão poético, eventos abertos para experimentação poética e pra performances. é idealizador do phala'cia, núchleo phermanente de expherimentação em pherphormance e phalaphoética.

Deco Morais - ator formado pela Oficina de Atores Nilton Travesso, atua como arte- educador lecionando teatro e confecção de máscaras teatrais há mais de 12 anos. Trabalha com máscaras em gesso, colagens, papel marché, papelão e atualmente vem pesquisando a confecção e manipulação de bonecos construídos com meias, cabaças e materiais reutilizados. Ao longo de sua formação como ator estudou com os mestres Isadora de Faria, Sergio Milagre, Marcelo Colavitto, Marcelo Soler, Fátima Toledo, Moises Miakovisk entre outros. Fez especialização em máscaras teatrais com Helô Cardoso, Marcelo Colavitto e com o mestre italiano Donato Sartori. Integra o coletivo teatral Bando Trapos, atuando nos espetáculos “O Pequeno Circo de Trapos”, “Foi o que Ficou... do Bagaço!”, As Desaventuras de Uma Sopa ZéLequinesca – também dirigiu os 03 anteriores - Mephisto Injustiçado (2016), e o mais novo experimento Vozes do Campo Limpo. Também acabou de estrear se solo A Mala do caminhante.

Déa Trancoso - Cantora, compositora, atriz e pesquisadora que articula em seus trabalhos filosofia, ciência, arte e magia.

Dêssa Souza - mãe, cantora, palhaça, artista de teatro e produtora cultural atuante há 12 anos. Participou por 07 anos da gestão do Espaço Cultural CITA - ocupação cultural localizada no Campo Limpo fundada por um grupo teatral, onde coordenou festivais de artes e outras ações envolvendo artistas e coletivos de todo o Brasil. Integra o coletivo teatral Bando Trapos e acaba de criar dentro do grupo um núcleo de estudos cênicos para trocas entre mulheres. Também criou e atua junto à produtora cultural coletiva Pin Rolê Invenções.

Diana de S. Sales - professora de Alfabetização na EJA  e estudante de Eutonia. Atualmente realiza um estudo chamado:  "Alfabetização Corporal na Escola: práticas para a conscientização e a autonomia do corpo”

Dinha - Maria Nilda de Carvalho Mota nasceu em 1978, na cidade de Milagre (CE) e veio para São Paulo no ano seguinte. Menina, migrante, favelada e ávida leitora, aos doze anos de idade começa a escrever um diário que, mais tarde, se evoluiria para o gênero poesia. Aos 20 anos ingressa no curso de Letras da Universidade de São Paulo e participa da fundação do coletivo político-cultural Posse Poder e Revolução. Em 2013, funda o coletivo editorial de mulheres negroperiféricas Edições Me Parió Revolução. Seu primeiro livro, “De passagem mas não a passeio” foi publicado de forma independente em 2006 (Edições Toró) e, atualmente, faz parte da Coleção Literatura Periférica da Global Editora (2008). Dinha é educadora, ativista contra racismo e liderança comunitária.

Emblues Beer Band - de Embu das Artes-SP. Com a formação das tradicionais bandas de New Orleans e instrumentos inusitados, a banda mescla os ritmos do folk, jazz, blues e a música regional Brasileira. Ficha Técnica: Juan Jarandilha - Voz e Ukulele, Marcel Moreno - Voz e Violão, Fabio Aguiar - Trompete, Rafael Massi - Washboard, Célio Izzy - Contrabaixo.

Ermi Panzo - escritor e poeta declamador, artista plástico, palestrante, coreógrafo e bailarino performer. Especialista em anatomia do livro e estruturação de textos literários; ativista e articulador internacional de cultura e arte africana diaspórica. Atualmente desenvolve projetos de culturas matriarcais e narrativas da ancestralidade africana, através de performances, palestras, e outras ações literárias com mulheres escritoras negras de vários países - Idealizador do Movimento cultural Afrikanse (arte e cultura africana nas diásporas) - Criador das técnicas de danças étnicas africanas Lutsassa e Alerkim - Vencedor do 1o Concurso Nacional Spoken Word Kussinguila em Angola e o Pan-africano na Uganda 2013 (Goeth Institut) - Premio Internacional Caneta de Ouro 2018 (Federação Brasileira dos Acadêmicos das Ciências, Letras e Artes) - Premio Benfeitor cultural da humanidade 2018 (Ordem dos Direitos Humanos) .

Eveline Sin - artista e poeta nascida em natal, rio grande do norte, em 19 de fevereiro de 1982. no graffiti desenvolve sua pesquisa artística desde 2007, onde descostura dores e agonias com muita força e personalidade. como poeta é autora de “FEVEREIRO”, 2018; “Capim Santo - Eveline Sin Até Aqui”, 2017; “Manga Espada”, 2015; “Na Veste Dos Peixes As Palavras De Ontem”, 2014; “Devolva Meu Lado De Dentro”, 2012; “Ensimesma” - coleção PortaPoema, 2012. é também AREIA inutensílios, Poesia em Vinil, 37GRAUS - espetáculo literomusical, “Menor Slam Do Mundo”, “Sarau DoBurro” e “Selo DoBurro”.

Fábio Feijão - fotógrafo, poeta, instrutor de yoga, educador e educando. Paulistano do Jardim São Luís, já sabia que era poeta desde 90 e poucos, mas manteve em segredo até ter certeza que não era só e que não estava morto. Ama muitas palavras e algumas pessoas. Fala sozinho e tem anseios revolucionários.

Fernanda Miranda - pesquisadora e professora de literatura, mestra e doutora em Letras (USP). Em seus trabalhos tem se dedicado ao estudo da autoria negra na literatura brasileira e às discussões sobre cânone e poder, sistema literário e racismo, descolonização e narrativa. Publicou "Carolina Maria de Jesus: literatura e cidade em dissenso" (editora da cidade, 2017) e "Silêncios prEscritos - estudo de romances de autoras negras brasileiras: 1859-2006" (editora Malê, 2019).

Fran Bolade - Francisca Bolade Laleye, nascida dia 25 de julho de 1997, que também é dia internacional da mulher negra latino americana e caribenha. Vive no morro do piolho na zona sul de SP, Mulher Negra, poeta, cantora e compositora.

Jarid Arraes - Nascida em Juazeiro do Norte, na região do Cariri (CE), em 12 de fevereiro de 1991, Jarid Arraes é escritora, cordelista, poeta e autora do premiado “redemoinho em dia quente“, vencedor do Apca de literatura na categoria contos, de “lendas de Dandara”, com edição francesa “dandara et les esclaves libres”. E dos livros “um buraco com meu nome“ e “heroínas negras brasileiras em 15 cordéis“. Atualmente vive em São Paulo (SP), onde criou o clube da escrita para mulheres e tem mais de 70 títulos publicados em literatura de cordel.

Jesuana Prado - Nascida em Fortaleza-CE nos últimos dias de dezembro de 83, Jesuana Sampaio é poeta, alquimista, artesã. Formou-se em Pedagogia pela Universidade Federal do Ceará, tem arriscado voos nos estudos de Psicanálise, Tarot e Numerologia. Em 2014 lançou Cotidiano Poético, seu primeiro livro de poesias, promoveu saraus e rodas de conversas sobre seu livro em diversos estados brasileiros dos quais mochilou por um ano.  Participou das Antologias: Sarau da B1 (FortalezaCE, ago, 2016), O olho de Lilith (FortalezaCE, maio, 2019), e da Antologia Internacional Cartas Íntimas (SampaSP, março, 2019). Tem inventado versos no coletivo Sarau do Binho desde 2016 quando migrou para a Zona sul de São Paulo.

Jonas Samaúma - devoto dos passarinhos, aprendiz das árvores e semeador de estrelas cadentes. Íntegra o coletivo Poetas Ambulantes, tem 8 cordéis publicados além de 5 livros também é criador do Poetarot e Contarot de Historias.

Luan Luando - nascido em 13 de maio de 1988, mora entre São Paulo e Taboão da Serra. Poeta, ator, palhaço, organizador do Sarau a voz do povo, integra o Sarau Binho. Umas das figuras emblemática dos movimentos de cultura das peiferias das São Paulo, escritor dos livros Manda Busca, Rélo e Ta Na Mão obras que compõe a trilogia Vida de Pipeiro. 

Luiza Romão - poeta, atriz e slammer. Autora dos livros Coquetel Motolove e Sangria, ambos publicados pelo selo doburro/SP. É integrante da coletiva artística Palabreria. Meu trabalho navega entre cinema, performance e literatura, pautando questões de gênero e América Latina.

Marco Miranda - se travesti de Homopoéticus, que foi inspirado no famoso Dom Quixote de Cervantes, é um cavaleiro imponente montado em seu cavalo, que busca a ajuda das pessoas pra retirarem sua armadura, porque debaixo dela há cores e poesias. Com a ajuda de sua assistente, Patricia, ele vai declamando poesias, tocando seu pandeiro e convidando as pessoas também a declamarem os poemas que ele trás em sua armadura. As poesias declamadas são dos poetas das "quebradas", são autores periféricos. A caracterização do personagem Homopoetcus, fica por conta do artista Marinho Winter, que também é idealizador da intervenção artística.

Maria Goretti Ribeiro - é professora de Mitopoética do PPGLI,  Presidente do Centro Paraibano de Estudos do Imaginário – CEPESI-, pesquisadora do GT: “Imaginário e Deslizamentos Culturais” da ANPOLL, escritora e poetisa.

Maria Vilani - Formada em filosofia. Pós-graduada nos cursos de Filosofia Clínica, Língua, Literatura e Semiótica e Psicopedagogia Clínica e Institucional. Maria Vilani nasceu no Ceará em 1950. Mora em São Paulo, Grajaú, há mais de 40 anos. Começou a carreira de escritora aos 41 anos, quando publicou seu primeiro livro, Cinco contos sem desconto e de quebra dois poemas (1991). Hoje, tem uma obra literária composta por 06 (seis) livros e participou de 08 (oito) coletâneas. É idealizadora de alguns projetos culturais na região como: Escutando e Orientando, MOCAP – Movimento pela Cidadania Artística da Periferia, Fórum de Cultura do Grajaú, Roda de Estudos História da Mulher, Ateliê de Escrita, Selo Editorial independente Capsianos, CAPSArtes – Centro de Arte e Promoção Social, este com várias atividades culturais há 30 anos. Hoje se dedica a literatura e a curadoria do CAPSArtes, projeto sem fins lucrativos localizado no Grajaú, extremo sul da Cidade de São Paulo.

Mariana Salomão - arte educadora, graffiteira e Mãe solo do Tom @incritom. Atua nas ruas como Mãe Correria, ressaltando o Matriarcado de Quebrada, uma mulheragem aquelas que estão na luta diária de ser mãe, levantando questões como: quem cuida de quem cuida? Como elo dessa grande corrente se faz correnteza ao elaborar projetos nas escolas como o Graffitassu, participar e  atuar em eventos, coletivas periféricas como Periferia Segue Sangrando, Felizs (SP) e Cores Femininas (PE). Sua arte percorreu e segue se espalhando em comunidades, eventos, já tendo levado as vozes desse Matriarcado para Pernambuco, Maranhão, Bahia, Rio Grande do Norte, Espírito Santo, Rio de Janeiro, como também no México e Uruguai.

Martinha Soares - Atriz, Cantadeira e Instrutora de Yoga. Nasceu no bairro da Brasilândia, periferia da zona norte de São Paulo. Formou- se em Teatro na ELT Escola Livre de Teatro de Santo André, integrante do Grupo Clariô de Teatro do Grupo Clariô, nasce o Grupo Musical Clarianas Paralelo a tudo isso sempre em reflexão sobre saúde e empoderamento da mulher, vai em busca de tecnologias e ferramentas para se manter viva e sã, entra contato com o Yoga em 2016 e se forma na Escola Humaniversidade Hoslistica e desde então estuda e oferece praticas regulares em diversos espaços, atualmente na Casa de Cultura do Campo Limpo.

Michel Yakini é escritor, produtor cultural e artista-educador. Atua no movimento literário das periferias de SP. Autor de Desencontros (2007), Acorde um Verso (2012), Crônicas de um Peladeiro (2014) e do romance Amanhã quero ser Vento (2018). Faz parte do Sarau Elo da Corrente, encontro de poesia falada que acontece desde 2007, no bairro de Pirituba.

Naruna de Lima Costa - Atriz, cantora, diretora. Sua atuação se caracteriza pela valorização poética das periferias paulistanas e da presença negra no cenário cultural. Ao longo de uma década, Naruna se firma no mundo artístico brasileiro graças ao impacto político e estético de seus trabalhos em teatro, televisão, cinema e música. Suas escolhas de personagens ilustram a resistência à opressão social e aos abismos econômicos do país.

Nicoly Soares - poeta e produtora cultural. Nascida e criada na Zona Sul de São Paulo, Nicoly Soares é mulher preta, periférica, lgbt, poeta, produtora cultural e cientista social em formação pela USP. Teve seu primeiro encontro com a poesia aos 12 anos, e enxergou nela o ponto de deságue de seus pensamentos. É na poesia onde ela se esconde, se mostra e existe.

Padre Júlio Lancellotti - vigário do povo da rua, atuando há mais de 30 anos junto a essa população, além de ser militante dos Direitos Humanos.

Patricia Ashanti - atriz formada pela ELT - Escola Livre de Teatro de Santo André, Bordadeira, Poetisa, Arte-educadora, Contadora de Histórias e Figurinista . Desenvolve desde 2015 projetos ligados à tradição Oral Africana e Afro-Brasileira. Integrante da Coletiva Arpilleras de Histórias , Cia Cantos de Omiô e Núcleo Gingas.

Paula da Paz -dançarina e Professora de dança a mais de dez anos. Tendo estudado danças tradicionais brasileiras, dança afro, dança de salão e também a dança mandingue, linguagem que compõe esta oficina e tem o intuito de promover o contato inicial com os ritmos, cantos e movimentos da costa oeste da África. Visa ser um encontro de troca e aprendizado buscando identificar e evidenciar em cada corpo e sua memória de movimento, as expressões de nossas raízes africanas. Uma vivência pensada e trabalhada com foco em cada grupo diferente de pessoas, visando à inclusão.

Pedro Lucas - atua nas artes desde os seus 7 anos de idade, onde alfabetizou-se lendo poemas nos saraus do Garajão em Taboão da Serra,onde mais ficou-se conhecido como o sarau da Cooperifa, no bairro Piraporinha em São Paulo e Sarau do Binho, onde atua até hoje, levado por sua mãe Tula Pilar, Pedro ainda trilha os rumos da literatura, mas atualmente sua maior dedicação é na investigação das linguagens corporais e rítmicas da cultura popular tradicional brasileira, com certificado na Formação para jovens educadores do Instituto Brincante.

Peu Pereira - nasceu em São Paulo em 1982. É documentarista, editor de vídeo e artista visual.

Poesia Samba Soul - teve início em 1989, no extremo sul da cidade, traz a mistura do groove, soul, samba-rock e outras influências como jazz e black music. Com 6 Cds e 3 DVDs lançados, suas composições têm letras com mensagens de incentivo e histórias do cotidiano. Formada por Claudinho Miranda (vocais e violão), Fabio Bass (baixo elétrico), Pikeno (Percussão), Paulinho Torres (Bateria), Luiz Henrique (Percussão) e Eem Fernandes (Backing vocal), a banda prepara o lança comemora 30 anos de banda através da música sustentável.

Potyra Paz - é cantora e violonista popular. Atua nos saraus da Zona Sul de São Paulo como Sarau do Binho e sarau Verso em Ver sos . É fundadora da banda Da le com quem já se apresentou em algumas casas da cidade e junto ao Sarau do Binho se apresentou em unidades do Sesc como Campo limpo, Interlagos , Pinheiros e Santo Amaro.

Pow Litera Rua - tem 46 anos, é MC Poeta, percussionista e arte educador É poeta do Sarau do Binho, mc do Projeto Rima Sete. Tem um cd gravado em 2014, um livro publicado em 2017, “Lokomotivamente”, lançado pela Felizs com o selo Sarau do Binho e com seu segundo livro a caminho, “Pedagogia das Ruas.”

Priscila Obaci - artista e educadora. Mãe de Melik Rudá e Bakari Mairê. Transita entre teatro, dança e poesia. Professora da Dança Materna. Criadora de KISÂNSI - Consciência corporal para Mães - Bebês - Pais. Integrante do núcleo Black Babywearing Brasil - Carregar Preto Autora de Poesias Pós Parto (2020 - Oralituras) e a Calimba e Flauta em co- autoria com Allan da Rosa.(2012 - Edições Toró).

Rafael Nave - Artista plástico e cenógrafo, Rafael tem suas origens na pixação e no graffiti, no início dos anos 1990. Passou pela área de cinema e eventos até se matricular em 2003 na Escola Livre de Arte Havana, onde aprimorou conceitos e habilidades.

Raíssa Padial Corso - bairrista de Campo Limpo, é multiartista e produz poéticas desde sempre. É autora do Livro ”Do tamanho do coração da formiga” de 2017 . No momento se prepara para o lançamento de seu segundo livro “Sangue nas pálpebras e outras sutilezas”, onde desbrava o multicampo dimensional entre brasilidades, bairrilidades em diálogo com o mistério de ser mulher, sangrar e ser portal da ancestralidade.

Raquel Almeida é poeta, escritora, arte – educadora e produtora cultural. Co- fundadora do Coletivo literário Elo da Corrente, grupo que atua no bairro de Pirituba, desde 2007, no movimento de literatura periférica/negra, realizando um sarau semanal e mantendo uma biblioteca comunitária nessa comunidade. Co-fundadora do Coletivo Cultural “Esperança Garcia”, o grupo promove discussões que refletem o papel da mulher negra e periférica na literatura e outras vertentes artísticas.

Renata Penzani - é escritora e jornalista. Nasceu em Piracicaba, no interior de São Paulo, e vive há oito anos na capital paulista. É autora do livro "A coisa brutamontes" (Companhia Editora de Pernambuco), finalista do Prêmio Jabuti 2019 na categoria Juvenil, vencedor do Prêmio Cepe Nacional de Literatura Infantil e Juvenil, e selecionado para o catálogo da Feira Internacional de Bologna. Escreve também poemas e contos, com os quais já participou de diversas coletâneas literárias, como o Mulherio das Letras, de Portugal. Como jornalista, é pesquisadora de cultura da infância e literatura infanto-juvenil, colaboradora da Companhia das Letrinhas, e autora do site Garimpo Miúdo.

Serginho Poeta - cidadão paulistano, comediante, professor de História e poeta, realiza atividades culturais com jovens em escolas e em saraus da cidade. É autor dos livros Donde Miras, dois poetas e um caminho, El Hombre de Piedra e Poeta de Esquina. Foi retratado pelo jornalista Gilberto Dimenstein em 2004 no livro Heróis Invisíveis, pelo trabalho feito em escolas. É integrante do Sarau do Binho e do Samba da Vela e em 2001 participou da Feira Internacional do Livro de Buenos Aires e das todas as edições da FELIZS – Feira Literária da Zona Sul.

Roque Antonio Juaquim - brincante, observador da Cultura da Infância (Brinquedos e Brincadeiras tradicionais da infância brasileira) e Membro Fundador da “Carretel”, um organismo empresarial empenhado nas questões ligadas à Educação, Cultura da Criança e Cultura Brasileira.

Sacolinha - nasceu em 9 de agosto de 1983 na cidade de São Paulo e é formado em Letras pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC). É escritor, autor de romances e livros de contos. Em sua trajetória já esteve em programas de televisão como Jô (TV Globo), Provocações, Metrópolis e Manos e Minas (TV Cultura). Trabalhou na secretaria de cultura do município de Suzano por oito anos (2005 à 2012), onde desenvolveu centenas de projetos de incentivo à leitura e de divulgação dos novos escritores, com destaque para o 1º Salão Internacional do Livro de Suzano.

Tati Candeia - poeta e brincante da Cultura Popular. Atua como militante e ativista de movimentos populares e de cultura, onde já participou de diversos coletivos de Saraus e de apresentações em eventos realizados pela Cultura na região, atualmente é integrante do Sarau do Binho, Grupo Cupuaçu e Escola Feminista Abya Ayla.

Thamata Barbosa - arte-manualista, oficineira e pós-graduanda em Artes-manuais para Educação. Atua na confecção de encadernações artesanais e artes-manuais para projetos artístico e pedagógicos. Empreende através de sua marca “Em.feito - encadernação e artes-manuais”, mesclando técnicas de cartonagem, costura, bordado, entrelaçamentos, estamparia, arte e produção gráfica.

Troupe na rua - somos um coletivo de circo em movimento e levamos a arte até aonde ela não chega. Nosso objetivo é plantar sementes de arte e amor nos territórios periféricos do mundo a fora. Giramos através de eixos que trabalham o corpo como nosso bem maior e a mente desperta e consciente. Nascemos em 2012 e desde então levamos as crianças, jovens e suas famílias não apenas entretimento mais a possibilidade de ser pleno e forte independentemente de onde esteja!

Tubarão DuLixo - Caiçara de Santos, é um dos expoentes da atual cena da “literatura marginal periférica". Participou de vários coletivos culturais literários das periferias de São Paulo como articulador e apresentador. Atua como arte educador em bibliotecas e outros equipamentos públicos como a Fundação Casa e presídios. Publicou em 2015 o livro “Viver entre os porcos sem comer a lavagem".

Uberê Guelé - artista plástico, poeta e ator, encontra nas artes sua forma de cavucar e trabalhar a própria ancestralidade, se inspirando principalmente na oralidade e nas artes chamadas populares. A encantaria e o lúdico sempre se fazem presentes, e encontram vazão também em suas contações de histórias.

Uma Luíza - Tem como escola, a vivência em canto e a escuta de música brasileira. Introduz a crítica social por meio da cantiga inspirada pelo movimento "Música de protesto”. Estudou canto popular na Etec de Artes. Participa de Slams, Saraus, Rodas de poesia organizadas por coletivas culturais independentes de SP. Em 2018 lançou de forma independente a Ep ”Cigarra na folha de Pedra" que traz cantigas sobre sua cidade.

Veja Luz - Influenciada pelos ritmos afrodescendentes como a música jamaicana, a soul music, o hip hop e brasilidades, a banda Veja Luz, originária da periferia de Taboão da Serra-SP, está em atividade há 12 anos e traz consigo uma interessante marca de realizações entre shows, gravações e participações em projetos musicais diversos, Brasil a fora.

Victor Rodrigues - escritor, educador e produtor cultural. Publicou a série de livretos Praga de Poeta, Sinceros Insultos e Aprender Menino, o minilivro Versos para aumentar o mundo e “Deuses fazendo bolo ou ingredientes para nascer de novo” junto ao EP e videoalbum “Aprender a Morrer”.

Vitoria Dias - 21 anos, estudante de geografia no Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia da Bahia, é mediadora de leitura na Biblioteca Comunitária de Ítalo, articuladora da Rede de Bibliotecas Comunitárias de Salvador, integrante da Rede Estadual de Bibliotecas Comunitárias OXE Bahia e da Rede Nacional de Bibliotecas Comunitárias.

Zá Lacerda - Veio aos 6 anos pra São Paulo, morando na Vila Prudente inicialmente. Poeta autodidata, conseguiu completar seus estudos na Educação de Jovens e Adultos. Sempre gostou de escrever, mas nunca guardou seus escritos. Em 1997, sua irmã começou a participar do sarau, mas ela nunca podia ir, pois a rotina de trabalho pesada a impedia. Em 2005, sua irmã faleceu num acidente, o que a deixou deprimida e reclusa. Novamente, seu irmão a chamou para o sarau, onde se sentiu acolhida e onde começou a revelar suas produções.

Zainne Lima da Silva - bacharela e licenciada em Letras pela FFLCH-USP. É escritora, poeta e professora. Autora de Pequenas ficções de memória (Ed. Patuá, 2018), de Canções para desacordar os homens (independente, 2020) e de Pedra sobre pedra (Ed. Popular Venas Abiertas, 2020). É cofundadora do coletivo de escritoras negras Flores de Baobá.

Zinho Trindade - Artista multimídia. Ator, apresentador, músico e poeta herdou a tradição familiar na pesquisa e divulgação da cultura popular afro brasileira. Autor do livro de poesias Tarja Preta e apresentador do programa Hip Hop Cozinha .